Aos nove anos de idade, escrevi meu primeiro livro. Recordo-me das folhas de papel pautado em que criei uma história de suspense infantil, e do prazer e dedicação com que me entreguei às palavras. Já naquela época eu era uma apaixonada pelos livros, mas jamais imaginei que um dia me tornaria escritora. Infelizmente, acabei manchando todas as folhas e a frustação me fez desistir de recomeçar. Hoje, percebo que, se tivesse recebido um incentivo naquele momento, talvez tivesse me dado uma segunda chance.
Naquela época, meus pais não sabiam da existência dessa escrita. Talvez, se eles soubessem não levassem muito a sério, afinal, era apenas uma criança com uma historinha.
Mas, muitos anos depois, durante a pandemia, comecei a escrever novamente e, com o tempo, me dediquei mais a esse tema. Foi assim que, surgiu o meu segundo livro publicado.
Em 2022, fui convidada pela Editora Chave Mestra para escrever um capítulo do livro Restaurando Famílias, lançado em 2023 em São Paulo. O capítulo 11, que intitulei “Criação de Filhos Emocionalmente Saudáveis”, abordou questões importantes do papel dos pais na educação emocional dos filhos.
Lançamento do livro Restaurando Famílias em São Paulo


Em 2024, realizei mais um sonho, ao lançar o livro Filhos: Nosso amor mais lindo, pela Editora Viseu. O livro que iniciei as primeiras frases na pandemia e que, no ano passado, finalmente tive a alegria de publicar.
Lançamento do livro Filhos: Nosso amor mais lindo em Seabra – Bahia


A longo dessa jornada, fui profundamente capturada pela temática família e relação parental. Tive a oportunidade de fazer parte da Equipe Técnica da Unidade de Acolhimento Regional (UAR), onde pude vivenciar na prática os impactos negativos que uma relação parental conflituosa pode causar nos filhos.
Acredito que pais e cuidadores precisam compreender sobre o desenvolvimento infantil e do adolescente, entendendo as diferentes fases e o que é esperado em cada uma delas. Mais ainda, é vital pensar na importância de construir uma relação respeitosa e afetuosa, desmistificando a visão ultrapassada que ainda persiste em algumas gerações: de que palmadas e gritos educam, e que as crianças devem ser apenas submissas sem direito ao respeito.
O conhecimento sobre parentalidade não só fortalece os laços familiares, como também contribui para a redução da separação de famílias e a institucionalização de crianças e adolescentes. Além disso, permite identificar questões de saúde mental, possibilitando o encaminhamento adequado para intervenção, garantindo que as famílias e seus membros recebam o apoio necessário.
Hoje, me debruço sobre esse estudo, não só por ser mãe e profissional da psicologia, mas principalmente por acreditar que a base familiar é o alicerce fundamental para a felicidade e saúde emocional de todos.
Parabéns Elaine. Você aborda um tema muito significativo na sociedade. As famílias estão desconectadas e precisam de ajuda constante, para conduzir regras, atitudes e amor de maneira mais compacta.
Oi Do Carmo, fico feliz com a sua satisfação com o tema. Beijos.